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Fragmentação ameaça 108 milhões de hectares da Amazônia, alerta estudo da RAISG e ANA sobre risco de isolamento da maior floresta tropical do planeta.

Fragmentação ameaça ecossistemas amazônicos

Um estudo realizado pela Rede Amazônica de Informação Socioambiental Georreferenciada (RAISG) e pela Aliança NorAmazônica (ANA) alertou para o risco de fragmentação de outros 108 milhões de hectares da Amazônia, a maior floresta tropical do planeta. Esse número representa um aumento de 13% em relação à área já impactada.

A fragmentação dessas áreas pressiona a capacidade dos ecossistemas amazônicos de regular os ciclos vitais do oxigênio, da água doce e do clima global. Além disso, o desaparecimento de corredores ecológicos impede o deslocamento livre de animais para buscar alimento, acasalar, migrar durante períodos de seca ou se refugiar de incêndios florestais.

Segundo o relatório, essa situação ameaça não apenas a sobrevivência dos animais, mas toda a cadeia ecológica, desde a dispersão de sementes de árvores até o equilíbrio das populações determinado pelos predadores.

O biólogo Néstor Espejo, que participou do estudo, alertou que a falta de conexão entre as áreas florestais pode levar a um colapso, pois diminui a conectividade entre os processos ecossistêmicos de resiliência. Ele enfatizou que essa desconexão não só pode transformar a Amazônia de um ecossistema florestal para uma savana, mas também acelerar a chegada ao ponto de não retorno.

Diante desse cenário, é urgente adotar medidas de preservação e conservação da Amazônia para garantir a sua biodiversidade e o equilíbrio ambiental. A sociedade e os governos devem se unir em prol da proteção desse patrimônio natural tão importante para o planeta.

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