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Estudo da CNI aponta que 64% dos empresários consideram infraestrutura da Região Sudeste como ótima ou boa, revela pesquisa.

Um estudo realizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) revelou que a maioria dos empresários do setor industrial da Região Sudeste considera as condições de infraestrutura como boas ou ótimas. Segundo a pesquisa divulgada nesta terça-feira (15), 64% dos empresários classificam a infraestrutura da região como ótima (9%) ou boa (55%), enquanto 31% a consideram regular. Apenas 5% dos entrevistados avaliaram as condições como ruins (3%) ou péssimas (2%).

O estudo, intitulado Panorama da Infraestrutura – Região Sudeste, aborda as áreas de transporte, energia, saneamento básico e telecomunicações, além de destacar propostas para aprimorar a infraestrutura nos quatro estados da região. Esta pesquisa é a terceira de uma série de cinco realizada pela CNI com o intuito de analisar a situação da infraestrutura nas distintas regiões do Brasil, identificando demandas de investimento e necessidades do setor industrial.

O presidente da CNI, Ricardo Alban, ressaltou a importância do relatório para aprimorar a infraestrutura na região, enfatizando que esta é fundamental para fortalecer a indústria e a economia como um todo. Alban destacou o impacto do déficit de infraestrutura, citando estradas precárias, custos elevados de energia e dificuldades de acesso aos portos como obstáculos à competitividade e atração de investimentos no país.

A Região Sudeste é responsável por mais da metade do PIB industrial brasileiro, representando desafios significativos para modernizar os acessos portuários, explorar o pré-sal e utilizar fontes renováveis de energia. O diretor de Relações Institucionais da CNI, Roberto Muniz, apontou que os principais problemas de infraestrutura na região estão ligados ao transporte rodoviário e às condições de acesso marítimo aos portos.

Diante disso, a construção de uma agenda de investimentos em infraestrutura se mostra como um desafio complexo, considerando as dimensões continentais do Brasil. Muniz ressaltou a importância de adotar estratégias específicas para atender às demandas locais, promovendo a eficiência e sustentabilidade dos projetos. Além disso, indicou a necessidade de priorizar obras de manutenção, adequação e expansão de corredores logísticos estratégicos na região.

Uma preocupação apontada foi o elevado número de obras paralisadas na Região Sudeste, especialmente nos setores de saneamento básico e transportes. O Tribunal de Contas da União identificou 2.338 obras paralisadas em 4.325 contratos analisados, o que representa 54% do total.

Por fim, foi destacado o Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), anunciado recentemente e que prevê investimentos significativos na Região Sudeste. Com a destinação de R$ 759,7 bilhões em obras e serviços na região, o PAC visa impulsionar o desenvolvimento e aprimorar a infraestrutura para o crescimento econômico.

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