Apoio financeiro do BNDES à CCR facilita participação em novos leilões
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) concedeu apoio financeiro à CCR para obras nas rodovias Dutra e Rio-Santos, que ligam o Rio de Janeiro e São Paulo. Segundo Luciana Costa, diretora do banco, esse suporte liberará capital da concessionária, facilitando sua participação em futuros leilões.
O tipo de apoio, conhecido como project finance, utiliza como garantias os próprios ativos do projeto e os fluxos de caixa futuros. Dessa forma, a CCR consegue financiamento sem comprometer seu balanço.
Em caso de problemas, o projeto pode ser reestruturado, ajustando prestações ou prazos da dívida. As garantias para o financiamento incluem as receitas de pedágio e a concessão de R$ 3,7 bilhões como fiança bancária pela CCR.
Costa ressaltou que o apoio do BNDES desonera o balanço da empresa e permite maior capacidade de investimento no setor de infraestrutura. A Moody’s elevou a classificação das emissões de debêntures da CCR para AA+, citando seu histórico operacional sólido e previsível.
O BNDES está estruturando mais de R$ 30 bilhões em financiamentos para obras rodoviárias nos próximos dois anos. A CCR, embora tenha participado de leilões com descontos modestos, está de olho em novos projetos de forma seletiva.
Com um portfólio extenso, a CCR administra 11 concessionárias que totalizam 3.615 km de estradas em cinco estados brasileiros. O financiamento aprovado pelo BNDES para as obras na Dutra e na Rio-Santos totaliza R$ 10,75 bilhões, sendo a maior parte em forma de debêntures.
Entre as obras previstas, destaca-se o redesenho da Serra das Araras, com investimento de R$ 1,5 bilhão. A nova Serra das Araras terá 16 km de extensão, com melhorias significativas na velocidade de circulação.
Outras inovações incluem a instalação de lâmpadas LED na Dutra, pedágio por livre passagem, novo acesso à ponte do Tatuapé e conectividade 4G em ambas as rodovias. Além disso, as estradas serão monitoradas por 1.804 câmeras ao longo dos trajetos.
