Sócio de laboratório no Rio de Janeiro é preso após pacientes serem infectados por HIV em transplantes: indícios de falha humana.
A situação ganhou contornos ainda mais graves quando o laboratório emitiu uma nota alegando que não havia nenhum esquema criminoso para forjar resultados. A defesa de Viera e do outro sócio, Mateus Vieira, afirmou que repudiam veementemente qualquer insinuação nesse sentido. O laboratório destacou que está cooperando com as autoridades e que Vieira se apresentou voluntariamente à polícia, sendo liberado após prestar depoimento.
Outra figura central nessa trama é Jacqueline Iris Bacellar de Assis, cuja assinatura consta em um dos laudos falsos. O advogado dela não foi localizado para comentar o caso. O PCS Lab Saleme ressaltou que, nos últimos 12 meses, realizou milhões de exames e reiterou seu compromisso em fornecer suporte às vítimas assim que suas identidades forem oficialmente confirmadas.
O caso tem amplas repercussões, sendo considerado inédito e grave pelas autoridades de saúde. A Secretaria de Estado de Saúde e o Ministério da Saúde estão investigando as circunstâncias das infecções, com a Polícia Civil e o Ministério Público atuando na apuração. O laboratório foi interditado e novos exames pré-transplante estão sendo realizados para garantir a segurança dos pacientes.
A Fundação Saúde, vinculada à Secretaria Estadual de Saúde e com quem o laboratório tinha contratos, também está sob escrutínio. Parentes do deputado federal Dr. Luizinho, ex-secretário estadual de Saúde, estão entre os sócios do laboratório, mas ele negou qualquer envolvimento na escolha da empresa. A investigação continua, com a sociedade clamando por respostas e medidas rigorosas para evitar que situações como essa se repitam.
