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Família improvisa soluções para manter aparelhos funcionando até Enel restabelecer energia após divulgação nas redes sociais.

A mãe recorreu a soluções improvisadas para manter os aparelhos funcionando. Primeiro, ela conectou o respirador ao carro, utilizando cinco extensões de energia para garantir que os aparelhos vitais não parassem. “Quando o respirador começou a oscilar, pensei: ‘Se ficar assim, ele vai queimar'”, diz Luciana, que ficou preocupada com a possibilidade de perder o equipamento. Mais tarde, com a ajuda de um vizinho, ela conseguiu levar o nobreak até uma casa próxima para carregá-lo. “O nobreak é muito pesado, então tivemos de levá-lo até a casa do meu vizinho e deixá-lo lá por três horas para carregar.”

O oxigênio da filha ficou no limite, aumentando a tensão. Heloísa também depende de outros aparelhos, como concentrador de oxigênio e aspirador de secreção, que ficaram sem energia. “O cilindro de oxigênio estava no limite, e isso me deixou muito apreensiva. Se não houvesse cilindro, não teria como socorrê-la”, diz Luciana. Ela também mencionou que a base aquecida, essencial para fluidificar a secreção traqueal, ficou desligada, o que fez com que a secreção de Heloísa ficasse espessa.

A Enel demorou a responder, segundo a mãe. Mesmo após várias ligações e a classificação de Heloísa como cliente prioritária, a energia não foi restabelecida até o sábado à tarde, diz a mãe. “Eles sugeriram levar a Heloísa para o hospital, mas como eu faria isso sem sinal de celular para chamar uma ambulância?”, questiona Luciana, indignada com a situação. Durante o período de espera, a fisioterapeuta de Heloísa trocou o nobreak descarregado com o de outra paciente, mas este também acabou rapidamente.

Heloísa precisa de energia elétrica 24 horas por dia para o sistema de suporte de vida funcionar
Heloísa precisa de energia elétrica 24 horas por dia para o sistema de suporte de vida funcionar Imagem: Reprodução/Redes Sociais

Pressão das redes

O caso só foi resolvido com um gerador após a divulgação nas redes sociais. Luciana acredita que a Enel só agilizou o processo após o vídeo de Heloísa conectada ao respirador pelo carro viralizar. “Eles ficaram desesperados e me ligaram várias vezes depois que o vídeo viralizou.”

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