DestaqueUOL

Em tempos de eleições, campanhas políticas investem milhões para remunerar militantes nas ruas, sem distinção ideológica.

A nova era da campanha eleitoral: militantes pagos e a mudança de paradigma

Na história recente das campanhas políticas no Brasil, a contratação de pessoas para distribuir material de campanha nas ruas era frequentemente associada à direita política. No entanto, uma recente notícia revelou que a campanha de Guilherme Boulos, do PSOL, gastou cerca de R$ 6,2 milhões para remunerar hipotéticos militantes. Esse fato evidencia uma mudança de paradigma nas estratégias eleitorais, mostrando que as diferenças ideológicas não mais se refletem nas formas de financiamento.

O PT, que tradicionalmente se orgulhava de sua militância voluntária e engajada, viu sua imagem manchada por escândalos de corrupção. Com isso, partidos como o PSOL surgiram como alternativas, com o objetivo de resgatar a militância e a base ideológica que pareciam ter se perdido. Atualmente, as legendas de esquerda, unidas em torno de Boulos, não hesitam em recorrer a militantes remunerados para fortalecer suas campanhas.

Em um momento em que o bolsonarismo tenta unificar a esquerda sob o rótulo do “comunismo”, o comitê de campanha de Boulos enfrenta desafios relacionados à falta de mão de obra voluntária. Esse tipo de auxílio, que antes conferia um ar de iminente revolução ao movimento, agora parece ser substituído pela contratação de militantes remunerados.

Imagem
Imagem: Reprodução/BCB

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo