
Do modo como ele se conduziu na entrevista, Marçal não demonstrou que o plano de governo dele é algo exequível. Durante vários pontos da entrevista, ficou algo como um sujeito dizendo aquilo que as pessoas querem ouvir. Mas se não for exequível, e durante a campanha ainda há tempo para mostrar que o plano não tem consistência, não adianta nada. Ficará só na base da promessa. Josias de Souza, colunista do UOL
Josias questionou a viabilidade de alguns dos projetos que Marçal apresentou durante a sabatina.
Ficou evidente que [o plano de governo de Marçal] não é [consistente]. Durante a entrevista, em vários momentos nos quais se discutia a viabilidade dos projetos de Marçal, quando vai à minúcia de valor, tempo e se será possível fazer isso no prazo do mandato, ele disse ‘eu tenho sonhos’. Só que um plano de governo não pode se resumir a sonhos.
O candidato precisa vender esperança, e faz bem quem consegue isso. É preciso que os sonhos tenham plausibilidade e caibam no orçamento. Em vários momentos, ficou nítido que o plano de governo de Marçal é um amontoado de textos que ele fez.
Ele fala em triplicar a guarda municipal, anaboliza o número de empregos que criará, diz não haver investidor para um prédio quilométrico e, se for necessário, buscará na Arábia Saudita… É um conjunto de intenções que não orna com um projeto que seja executável. Josias de Souza, colunista do UOL
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