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Técnica em patologia clínica nega envolvimento em falsos negativos para HIV em laboratório investigado no Rio de Janeiro

Investigação do Laboratório PCS Lab em Caso de Falsos Negativos para HIV

A técnica em patologia clínica Jacqueline Iris Bacellar de Assis, 36 anos, encontrou-se no centro de uma polêmica envolvendo o laboratório PCS Lab, localizado no Rio de Janeiro, que está sob investigação por emitir laudos com falsos negativos para HIV. O caso resultou na contaminação de seis pacientes transplantados no estado.

Em uma entrevista à Folha, Jacqueline afirmou que nunca realizou testes no PCS Lab, onde começou a trabalhar como supervisora administrativa em outubro de 2023 e não assinava os testes. Segundo a funcionária, seu nome estaria sendo utilizado como “laranja” no laboratório.

Por sua vez, o PCS Lab alegou que Jacqueline “informou ao laboratório diploma de biomédica e carteira profissional com habilitação em patologia clínica” e que ela “assinou diversos laudos de exames nos últimos meses”.

Após o novo posicionamento do laboratório, Jacqueline reforçou que “jamais trabalhou como biomédica” e que não reconhece o diploma de biomedicina citado pelo PCS Lab. Seu nome consta na assinatura de um laudo de uma paciente transplantada, onde é registrada como biomédica, profissão para a qual não possui autorização.

Jacqueline, que possui 18 anos de experiência na área, explicou que sua função era realizar a conferência dos laudos para verificar erros de digitação antes de serem enviados para os médicos responsáveis pelo laboratório. Ela nunca tinha visto sua assinatura nos laudos e descobriu que seu nome estava vinculado a uma biomédica enquanto estava na academia. Ela negou ter acesso a exames mais completos para HIV no local onde trabalhava.

O advogado de Jacqueline, José Félix, questionou o interesse do laboratório em não assinar a carteira dela e vinculá-la a uma função que nunca exerceu. Ele afirmou que irá procurar a Polícia Federal para que a técnica possa apresentar sua versão dos fatos.

Jacqueline expressou solidariedade às famílias afetadas e lamentou o ocorrido, ressaltando que ama sua profissão, e que está sofrendo com as acusações injustas.

A situação continua sendo investigada, e aguarda-se o desenrolar dos acontecimentos para esclarecer as responsabilidades no caso.

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