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SpaceX realiza quinto lançamento integrado do Starship
A SpaceX realiza neste domingo (13) o quinto lançamento integrado do Starship, foguete de alta capacidade que a Nasa pretende usar para futuras missões tripuladas à superfície da Lua. Neste voo, a novidade será a tentativa de recuperação do primeiro estágio na plataforma de lançamento –algo jamais feito antes. A decolagem está prevista para as 9h25 (de Brasília), a partir de Starbase, instalação da companhia em Boca Chica, no Texas. Acompanhe ao vivo com o Mensageiro Sideral.
O voo recebeu autorização da FAA (agência que regula voos comerciais de foguetes nos EUA) no sábado, antecipando o prazo esperado. Em setembro, a entidade governamental chegou a declarar que a liberação para essa missão era esperada apenas para o fim de novembro, o que causou manifestações ácidas e públicas da SpaceX.
A pressão, que veio acompanhada por apoios na indústria e no Congresso, deu certo, e a agência acabou acelerando o processo de licenciamento, autorizando o voo deste domingo. Mantendo a atitude debochada e descolada de uma empresa que já lançou um automóvel ao espaço, a SpaceX lançou no sábado um pequeno videogame online do Starship, em que o usuário pode lançar e tentar recuperar o primeiro estágio do foguete.
A empresa havia declarado que só tentará a recuperação do primeiro estágio se tudo correr de forma precisa nas manobras de retorno. Foi o que deu a confiança para uma tentativa de pouso na plataforma já no quinto voo, mesmo com o risco de danos à estrutura de lançamento.
A estratégia para recuperar com eficiência máxima o primeiro estágio do Starship envolve o uso de uma espécie de garras gigantes, dispositivo que a empresa chama de “Mechazilla”, como pinças, que seguram o foguete em processo final de frenagem em pleno ar, para depois colocá-lo exatamente na embocadura da plataforma.
A capacidade de fazer lançamentos em rápida sucessão é essencial para os planos da empresa, que quer eventualmente colonizar Marte, e da Nasa, que pretende usar o Starship para missões tripuladas à superfície da Lua. A necessidade de voos sucessivos se torna óbvia.
Ainda resta também demonstrar essa capacidade de reabastecimento em órbita, algo jamais feito nessa escala antes. Mas sem dúvida um passo importantíssimo –talvez o mais difícil– pode ser dado neste domingo.
Fonte: Mensageiro Sideral