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No contexto da disputa pela Prefeitura de São Paulo, o candidato Guilherme Boulos (PSOL) ocupa o segundo lugar, mas não sem polêmica. Na primeira semana do segundo turno, Boulos e Ricardo Nunes (MDB) se envolveram em um embate de acusações mútuas, marcadas por distorções e exageros. Segundo a última pesquisa Datafolha, realizada na quinta-feira (10), Nunes lidera com 55% das intenções de voto, enquanto Boulos registra 33%.
O clima acalorado da campanha tem resultado em disputas judiciais, com ordens de remoção de conteúdos e pedidos de direito de resposta. Mesmo com a saída de Pablo Marçal (PRTB), que foi um dos candidatos mais inflamados no primeiro turno, a temperatura eleitoral permanece alta.
A retórica agressiva de Boulos e Nunes, embora já presente no primeiro turno, tem sido marcada por imprecisões e acusações sem provas no segundo turno. Ambos foram obrigados pela Justiça Eleitoral a interromper a divulgação de mensagens deturpadas sobre seus oponentes, devido a indícios de calúnia e difamação.
Entre as declarações, destacam-se acusações sobre caixa dois, parcerias e concessões, com Boulos insinuando que Nunes teria cometido esse crime sem apresentar evidências concretas, e o prefeito sugerindo que o adversário irá acabar com parcerias essenciais para a cidade, apesar das promessas de Boulos em mantê-las.
Nunes orientou seus vereadores aliados a adotarem uma estratégia de “ordem contra desordem” e “experiência contra inexperiência” para confrontar Boulos. O candidato do MDB busca vincular Boulos ao radicalismo e ao extremismo, explorando a alta rejeição do deputado do PSOL, que alcançou 58% segundo o Datafolha.
Por sua vez, Boulos tem se esforçado para amenizar sua imagem diante das acusações de radicalismo, mas Nunes insiste em trazer à tona opiniões antigas do candidato do PSOL sobre temas polêmicos, como a Venezuela e a legalização das drogas.
O embate entre os candidatos tem sido intenso, com acusações mútuas e batalhas jurídicas. Boulos acusa Nunes de lançar mão de fake news, enquanto a campanha do MDB destaca as mudanças de posicionamento do candidato do PSOL. A retórica bélica e as estratégias de desconstrução dos adversários marcam o cenário político em São Paulo nesse segundo turno.
É importante ressaltar que as informações apresentadas refletem o contexto eleitoral em São Paulo e as estratégias adotadas pelos candidatos para conquistar o eleitorado. O embate entre Boulos e Nunes promete continuar acirrado até o dia da votação, com cada lado buscando destacar os pontos frágeis do oponente para conquistar a preferência dos eleitores.