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Grande São Paulo ainda enfrenta apagão: 900 mil clientes da Enel seguem sem energia após mais de 36 horas

Enel deixa mais de 900 mil clientes sem energia em São Paulo

No amanhecer deste domingo (13), mais de 900 mil clientes da Enel em São Paulo ainda estão sem energia, mais de 36 horas após um apagão que afetou a Grande São Paulo na noite de sexta-feira (11). A concessionária informou que o serviço foi restabelecido para 1,2 milhão de clientes, dos 2,1 milhões atingidos pela falta de luz durante a tempestade.

A capital paulista é a cidade com o maior número de clientes afetados. Confira a lista de outras cidades atingidas:

  • São Paulo: 552 mil clientes sem luz
  • São Bernardo do Campo: 60,4 mil
  • Cotia: 59 mil
  • Taboão da Serra: 55,5 mil

A Enel atualizou os dados de clientes afetados às 8h deste domingo, informando que aproximadamente 1.600 técnicos estão em campo trabalhando para resolver a situação. Técnicos do Rio de Janeiro e do Ceará, juntamente com funcionários de outras distribuidoras, estão sendo convocados para reforçar o contingente.

A empresa enfrentou uma enxurrada de críticas neste fim de semana pela demora na normalização do fornecimento de energia nas residências e estabelecimentos comerciais.

Tanto o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) quanto o prefeito Ricardo Nunes (MDB) manifestaram a intenção de rescindir o contrato com a empresa. A Aneel, agência reguladora do setor de energia elétrica, destacou a possibilidade de revogar a concessão da companhia.

Tarcísio entrou em contato direto com a Aneel para cobrar ações contra a empresa, enfatizando a demora recorrente no restabelecimento do fornecimento de energia em São Paulo após tempestades. Em novembro de 2023, outra tempestade deixou várias regiões da cidade sem energia por até seis dias.

Em diferentes áreas da cidade, moradores e comerciantes contabilizam os prejuízos. Na Barra Funda, no sábado (12), um grupo de amigos não pôde jogar truco dentro de um bar devido à falta de luz.

O proprietário do bar, Sidnei Guimarães, relatou as perdas de um dia sem energia, incluindo a impossibilidade de vender aproximadamente 80 refeições. Ele estava preocupado com o potencial estrago em bebidas e alimentos congelados se a falta de energia persistisse.

Em frente a uma árvore caída, o marceneiro diabético Orlando Bind, de 78 anos, lamentava a situação. Ele precisa armazenar insulina na geladeira e teve que recorrer a uma caixa de isopor com gelo devido à falta de energia. Bind comentou: “É vergonhoso. Desde ontem às 19h e ainda nada. Tive que colocar a insulina em gelo. Vou precisar comprar mais gelo”.

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