Demora na resposta foi o dobro do evento do ano passado. Thiago, da Arsesp, relatou que durante um episódio de fortes ventos em novembro de 2023, a Enel demorou 24 horas para restabelecer 60% da sua base de clientes. No temporal deste ano, a empresa levou quase 48 horas para alcançar esse mesmo índice.
Concessionárias se unem para restabelecer energia em São Paulo. A Aneel convocou as empresas que atuam no estado para ajudar. De acordo com a Enel, nesta segunda-feira (14), serão 2.500 equipes em ação, somadas a 400 equipes de outras concessionárias.
Aneel aponta falha no plano de contingência da Enel. A agência reguladora afirmou que a concessionária não alcançou a quantidade de equipes prevista. Enquanto a Enel deveria contar com 2.500 equipes em situações extremas, atualmente possui entre 1.700 e 1.800 equipes disponíveis.
Presidente da Enel não consegue estipular prazo para restabelecimento total da energia. Guilherme Lencastre declarou que aproximadamente 67% dos clientes da empresa já estão com o serviço normalizado, mas não é possível determinar uma data para a conclusão de todos os reparos.
“Evento [a tempestade] foi muito maior que no ano passado. Temos muitas árvores e postes caídos. Temos situações diferentes. Já conseguimos resolver as linhas de alta tensão. Agora estamos priorizando Sabesp, escolas que vão voltar nesta segunda, vestibulares e hospitais.”
Guilherme Lencastre, presidente da Enel
Enel justifica a demora no restabelecimento da energia. A empresa apontou que a proximidade de linhas elétricas com árvores e a imprevisibilidade de eventos climáticos extremos prejudicaram os reparos. Lencastre mencionou que as rajadas de vento foram mais intensas do que o previsto, com velocidades de até 107 km/h em vez dos 50 km/h esperados. A Enel pretende investir R$ 2 bilhões anualmente nos próximos três anos para melhorias.
