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Cúpula do Brics debate redução da dependência do dólar e criação de alternativas financeiras ao FMI e Banco Mundial

A 16ª cúpula dos líderes do Brics promete ser marcada por temas relevantes e de grande importância para os países membros do bloco. Entre as pautas em destaque está a busca por reduzir a dependência do dólar nas relações comerciais entre essas nações e o fortalecimento de instituições financeiras alternativas ao Fundo Monetário Internacional (FMI) e ao Banco Mundial, que historicamente são controlados por potências ocidentais.

O encontro está programado para acontecer na cidade de Kazan, na Rússia, e será histórico por contar com a participação de cinco novos membros que entraram para o bloco este ano: Egito, Irã, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita e Etiópia. Até então, o Brics era composto apenas por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

Com a presidência do bloco nas mãos da Rússia em 2024, foram estabelecidas prioridades para o ano, incluindo a integração dos novos membros e a expansão do uso das moedas nacionais dos países Brics nas transações comerciais. Em uma reunião entre as lideranças financeiras dos países, o ministro das Finanças da Rússia destacou a necessidade de criar uma alternativa ao FMI, ressaltando a importância de instituições que atendam aos interesses do Brics.

Além disso, o bloco discute a criação de um sistema de pagamento alternativo ao dólar, o Brics Bridge, que facilitaria as transações digitais entre os membros. Essas iniciativas representam um desafio ao modelo financeiro atualmente dominado pelas potências ocidentais, provocando discussões sobre a necessidade de um equilíbrio no sistema financeiro global.

Com a presença confirmada de 32 países na cúpula, a expectativa é que o evento se torne um dos maiores de política externa já realizado na Rússia. O Brics, que concentra cerca de 36% do Produto Interno Bruto (PIB) global, superando o G7, se consolida como um importante fórum de cooperação econômica e financeira entre nações emergentes. A evolução do Brics ao longo dos anos e sua influência crescente no cenário internacional indicam uma mudança significativa na arquitetura financeira mundial.

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