
Em um recente confronto na fronteira entre Israel e Líbano, os militares israelenses afirmaram que militantes do grupo Hezbollah, apoiado pelo Irã, dispararam mísseis antitanque contra suas tropas, resultando em 25 feridos. Segundo relatos das próprias forças israelenses, o ataque aconteceu nas proximidades de um posto da UNIFIL (Força Interina das Nações Unidas no Líbano) e um tanque que estava auxiliando na evacuação dos soldados feridos foi forçado a recuar em direção ao posto da UNIFIL.
O porta-voz internacional dos militares, Nadav Shoshani, explicou aos repórteres que não se tratou de uma tentativa de invasão à base, mas sim de um tanque sob intenso fogo inimigo buscando se afastar da zona de perigo. Ele ressaltou que o incidente resultou em múltiplas vítimas.
Em comunicado oficial, os militares israelenses afirmaram ter utilizado uma cortina de fumaça para proteger a evacuação dos feridos, garantindo que suas ações não representaram nenhum perigo para a força de paz da ONU.
Nos últimos dias, cinco soldados da UNIFIL foram feridos em uma série de ataques, sendo a maioria deles atribuída às forças israelenses pela própria UNIFIL.
Em resposta, a força de paz da ONU afirmou que qualquer ataque deliberado contra suas tropas é considerado uma séria violação do direito humanitário internacional e da Resolução 1701, que definiu sua missão na região.
No entanto, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu fez um apelo direto ao secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, clamando pela retirada da UNIFIL das áreas controladas pelo Hezbollah e dos locais de combate.