Aneel convoca reunião emergencial com concessionárias de energia de SP para restabelecimento após temporais deixarem sete mortos.

O encontro, agendado para as 18h, contará com a participação da Aneel, representantes da Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo (Arsesp) e diversas empresas do setor elétrico, como Enel SP, Neoenergia Elektro, EDP São Paulo, Energisa Sul-Sudeste, CPFL Piratininga, CPFL Paulista, CPFL Santa Cruz, Cteep e Eletrobras Furnas.
A iniciativa da agência reguladora se deu após um ofício do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, cobrando a realização da reunião e exigindo a apresentação de um plano de contingência pelas equipes técnicas das distribuidoras de energia. O ministro destacou a gravidade da situação e ressaltou que não tolerará omissões por parte da agência reguladora.
Silveira também lembrou que, em abril de 2024, já havia determinado a abertura de um processo administrativo para avaliar as falhas da concessionária Enel, podendo resultar na perda da concessão. O ministro expressou sua insatisfação com a fiscalização da Aneel e destacou a possibilidade de não renovar a concessão da distribuidora em São Paulo.
Além disso, a Aneel manifestou que está acompanhando presencialmente a situação em São Paulo e já solicitou explicações imediatas da Enel, ameaçando instaurar um processo de recomendação de caducidade da concessão caso a empresa não apresente soluções satisfatórias. Neste cenário, milhões de consumidores continuam sem energia elétrica, com a Enel tendo restabelecido o fornecimento para cerca de 1,3 milhão de clientes. Diversos bairros da capital paulista e municípios vizinhos ainda enfrentam problemas de falta de energia.
O ministro Silveira coordenou o envio de técnicos de outras empresas de transmissão e distribuição de energia de diferentes estados para apoiar na normalização da situação em São Paulo. Tanto o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, quanto o governador do estado, Tarcísio Freitas, têm pressionado pela interrupção da concessão da Enel devido aos recorrentes problemas no fornecimento de energia. A solução para a crise energética em São Paulo é urgente e mobiliza autoridades e empresas do setor.