
Tempestade causa destruição e apagão em São Paulo
Noite de sexta-feira, 11 de julho, e a região metropolitana de São Paulo foi atingida por uma tempestade que deixou um rastro de destruição e um apagão que já dura mais de 24 horas. Os fortes ventos, a queda de árvores e a falta de energia geraram uma série de prejuízos para moradores e comerciantes.
Um dos casos marcantes foi o da contadora Melissa Oliveira, 32 anos, que viu seu Renault Clio, ano 2004, ser destruído pela queda de uma árvore de grande porte. O carro, carinhosamente apelidado de Clilson, não tinha seguro. Outros dois veículos também foram atingidos, mas não ficaram destruídos.
Neste sábado, por volta das 17h, os moradores da rua Catão, na Vila Romana, zona oeste da capital, acompanhavam os trabalhos de remoção da árvore e dos galhos. A fiação elétrica também foi impactada. O início da destruição ocorreu pouco antes das 20h de sexta, após uma rajada de vento.
Melissa Oliveira relatou que temia pela queda da árvore e que inclusive havia feito um pedido de poda em fevereiro, alertando sobre o risco. A subprefeitura, representada por José Marcelo Costa, afirmou que o pedido foi negado devido à falta de informações.
No entanto, uma engenheira agrônoma avaliou que a árvore estava saudável. Outros moradores criticaram a possível negligência da Enel e da prefeitura. Marta Oliver, dona de casa e proprietária de um dos carros danificados, criticou o prefeito Ricardo Nunes.
Na Barra Funda, um bar teve que interromper a jogatina de truco devido à falta de luz. O dono do estabelecimento contou os prejuízos financeiros causados pela falta de energia.
Até o momento, 1,35 milhão de clientes da Enel na grande São Paulo continuavam sem luz. A situação se estendia também para o Campo Limpo, onde um homem morreu após a queda de uma árvore. A falta de energia afetava a comunicação e a mobilidade na região.
A Enel se comprometeu a restabelecer o serviço enquanto técnicos trabalhavam para reconstruir trechos da rede elétrica danificados. A população aguardava ansiosamente pelo retorno da energia elétrica e pela normalização da situação.