Ricardo Nunes, prefeito de São Paulo pelo MDB, tomou uma atitude polêmica durante a disputa eleitoral na cidade. A gestão de Nunes interrompeu a liberação de emendas para vereadores do PSOL, partido do candidato Guilherme Boulos.
No segundo semestre, os vereadores do PSOL fizeram 31 pedidos de liberação de emenda, porém, todos eles estão congelados. Esses pedidos, que já foram aprovados na Casa Civil e na Fazenda, estão parados no gabinete do prefeito, enquanto emendas de vereadores de outros partidos foram executadas normalmente.
Em São Paulo, cada um dos 55 vereadores tem direito a R$ 5 milhões por ano em emendas não impositivas. Através delas, os vereadores podem indicar no orçamento obras e eventos que desejam financiar.
No procedimento habitual, a prefeitura costuma agrupar os pedidos de emendas de vereadores de diferentes partidos para liberá-los. No entanto, os pedidos recentes dos vereadores do PSOL foram tratados de forma diferente, sendo agrupados com base em critérios partidários.
O líder do PSOL na Câmara, Celso Giannazi, ressaltou que as emendas não são apenas para os vereadores, mas sim para realizar políticas públicas que o governo não está implementando, como demandas da comunidade escolar, da cultura e da saúde.
Giannazi também criticou a postura de Nunes, afirmou que o prefeito está agindo de forma mesquinha e que, caso as emendas não sejam liberadas, o partido irá obstruir geralmente as votações na Câmara Municipal.
Além disso, em agosto, a prefeitura apontou uma lentidão atípica no Ministério da Fazenda para a assinatura de documentos necessários para pedidos de financiamento junto a instituições como o BNDES, a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil, em meio a um contexto eleitoral conturbado em São Paulo.
Até o momento, a gestão de Ricardo Nunes não se pronunciou sobre o caso.
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