Investigações em curso para apurar contaminação por HIV em transplantes no Rio de Janeiro: autoridades se unem em busca de respostas.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em conjunto com as Vigilâncias Sanitárias Estadual e Municipal do Rio de Janeiro e o Sistema Nacional de Transplantes (SNT) do Ministério da Saúde, estão coordenando as ações para apurar a contaminação dos pacientes. Segundo a Anvisa, a prioridade é monitorar os receptores dos órgãos transplantados e realizar novos exames pré-transplante no Instituto Estadual de Hematologia Árthur de Siqueira Cavalcanti (Hemorio), no Rio, para garantir a segurança dos procedimentos.
Como medida preventiva, o Laboratório de Patologia Clínica PCS Lab Saleme foi interditado pela Vigilância Sanitária local, com orientação técnica da Anvisa, até que as investigações sejam concluídas. As autoridades estaduais e municipais do Rio, juntamente com as Vigilâncias Sanitárias, o Ministério da Saúde e a Anvisa, estão trabalhando em conjunto para elucidar a situação e garantir a segurança dos transplantes, seguindo todos os requisitos técnicos necessários para a saúde dos pacientes e o bem-estar coletivo.
Em meio a isso, a Secretaria Municipal de Saúde de Nova Iguaçu informou que o contrato com a empresa PCS Laboratório Saleme foi encerrado, passando a ser administrado por organizações sociais responsáveis pela rede de atenção básica do município. O médico Walter Vieira, sócio do laboratório interditado pela Anvisa, foi afastado de suas funções na sexta-feira, sendo investigado juntamente com a empresa.
Diante da gravidade do caso, o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro instaurou um inquérito civil para apurar as irregularidades nos transplantes. O governador Cláudio Castro determinou rigor e rapidez nas investigações, afirmando que a situação é inadmissível e que será tomada todas as medidas necessárias para garantir a segurança dos serviços de transplantes no estado.
As famílias dos pacientes afetados podem contar com apoio do Ministério Público, que está disponível para receber denúncias e prestar atendimento individualizado. A investigação abrange não apenas a contaminação dos pacientes, mas também possíveis irregularidades nos processos de contratação e licitação relacionados ao caso.