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María Corina Machado denuncia cerco de Maduro para minar eleições na Venezuela, em entrevista à Folha.





Eleições na Venezuela: María Corina Machado lidera oposição

A menos de um mês das eleições da Venezuela, María Corina Machado, o rosto da campanha de oposição, declara em entrevista à Folha que Nicolás Maduro está manipulando a máquina do regime para reduzir a participação nas eleições, temendo o resultado real.

Ela aponta mudanças nas regras eleitorais que impediram a maior parte da diáspora venezuelana, estimada em mais de 6 milhões de pessoas ao redor do mundo, de se registrar para votar. María Corina, embora inabilitada para concorrer, continua sendo a líder da oposição, reunindo milhares em todo o país, enquanto Edmundo González, seu aliado e candidato registrado à Presidência, representa a campanha oficialmente.

A líder opositora enfatiza a importância de uma transição ordenada, na qual Maduro aceite a vitória da oposição. Ela reforça que a democracia deve prevalecer e destaca a esperança de reunificar famílias e restabelecer a Venezuela como uma potência energética global.

Maria Corina ressalta a importância da participação de observadores internacionais nas eleições, mesmo com a presença majoritária de países pró-Maduro. Ela denuncia violações e táticas de intimidação, como detenções arbitrárias e restrições à inscrição de eleitores.

Questionada sobre o cenário pós-eleitoral, María Corina descarta a possibilidade de fraude e ressalta a força e união do povo venezuelano. Ela também aborda a retomada do diálogo entre Maduro e os EUA, destacando a importância de uma transição democrática para estabilizar o país e atrair investimentos.

Em relação ao Brasil, a líder opositora espera que o país e o ex-presidente Lula apoiem a busca por uma solução negociada para a crise venezuelana, respeitando os Acordos de Barbados e evitando um cenário de violência.

Perfil de María Corina Machado, 56 anos

Líder da oposição na Venezuela, María Corina Machado venceu as primárias opositoras, que foram suspensas pelo Supremo local. Além disso, foi inabilitada por 15 anos, acusada de irregularidades administrativas e por apoiar sanções dos EUA. Machado é engenheira e uma das figuras mais proeminentes no cenário político venezuelano.


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