
O anúncio do Nobel da Paz de 2024 trouxe uma emocionante surpresa: a organização Nihon Hidankyo foi a grande vencedora. Esse prestigiado prêmio é concedido àqueles que se destacam na luta pela abolição das armas nucleares, e a Nihon Hidankyo tem sido uma voz ativa nesse importante movimento. O comitê da premiação justificou a escolha afirmando que o tabu do uso de armas nucleares está sob pressão, tornando o trabalho da organização ainda mais relevante e urgente.
No processo de seleção, 286 candidatos foram inicialmente indicados, sendo 197 indivíduos e 89 organizações. Embora o número de indicações deste ano seja menor do que em anos anteriores, a qualidade e importância dos concorrentes não foram prejudicadas. E vale ressaltar que informações adicionais sobre os indicados só serão divulgadas daqui a meio século, ressaltando o caráter sigiloso e histórico do processo de seleção do Prêmio Nobel da Paz.
A história do Nobel da Paz remonta a 1901, quando foi concedido pela primeira vez. Inicialmente, as categorias eram cinco, incluindo paz, literatura, química, física e medicina. Posteriormente, em 1969, a categoria de economia foi adicionada. Ao longo das décadas, o prêmio tem reconhecido indivíduos e organizações que promovem a paz, a estabilidade e a justiça em diferentes áreas, indo desde a diplomacia até os esforços contra as mudanças climáticas.
Conheça os últimos dez vencedores do Nobel da Paz
-
2023: A ativista dos direitos humanos iraniana Narges Mohammadi, 51, foi premiada por apoiar a luta das mulheres pelo direito a vidas plenas e dignas.
-
2022: Os ativistas Ales Bialiatski, da Belarus, o Memorial, grupo de direitos humanos da Rússia, e o Centro para Liberdades Civis da Ucrânia foram premiados por demonstrarem a importância da sociedade civil para a paz e a democracia.
-
2021: Os jornalistas Maria Ressa (filipina) e Dmitri Muratov (russo) receberam o prêmio pela defesa da liberdade de expressão, fundamental para a democracia e a paz duradoura.
- 2020: O Programa Mundial de Alimentos (PMA) foi homenageado por sua atuação crucial na prevenção do uso da fome como arma de guerra.
- 2019: O primeiro-ministro da Etiópia, Abiy Ahmed, recebeu o prêmio por seu papel na assinatura de um acordo de paz histórico com a Eritreia.
- 2018: O congolês Denis Mukwege e a iraquiana Nadia Murad foram premiados por denunciarem a violência sexual como arma de guerra.
- 2017: A Campanha Internacional para Abolir Armas Nucleares (Ican) recebeu o prêmio por alertar para os perigos das armas nucleares.
- 2016: Juan Manuel Santos, ex-presidente da Colômbia, que liderou o acordo de paz com as Farc, foi o laureado.
- 2015: O Quarteto para o Diálogo Nacional da Tunísia foi reconhecido por sua contribuição para a construção de uma sociedade plural no país.
- 2014: A paquistanesa Malala Yousafzai e o indiano Kailash Satyarthi receberam o prêmio por sua defesa dos direitos das crianças e da educação.