Tendências preocupantes de obesidade e anemia são reveladas em relatório da FAO; Meta de erradicar a fome até 2030 está longe de ser alcançada.

Em contrapartida, houve um resultado positivo em relação ao atraso no crescimento infantil, que apresentou uma redução de um terço nas últimas duas décadas. Essa mudança indicaria uma melhora global no cenário da saúde infantil. A FAO ressaltou a importância do acesso à alimentação adequada e um padrão de vida que garanta a dignidade e o bem-estar de todas as pessoas, especialmente das gerações futuras.
No entanto, mesmo com esses avanços, o relatório alertou que o mundo ainda está distante de alcançar a meta de erradicar a fome até 2030, conforme estabelecido nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS-2). A FAO destacou que a prevalência global de subnutrição se manteve em níveis semelhantes nos últimos três anos, com um aumento significativo após a pandemia de covid-19.
Outro ponto destacado no relatório foi a necessidade urgente de implementar ações conjuntas para o financiamento da segurança alimentar e nutricional. A FAO ressaltou a importância de parcerias público-privadas para complementar os esforços de combate à fome e desnutrição. O aumento da fome foi especialmente notável em países afetados por conflitos, mudanças climáticas e recessões econômicas, impactando desproporcionalmente grupos vulneráveis, como crianças, mulheres, jovens e povos indígenas.
Diante desse cenário preocupante, o relatório da FAO serve como um alerta para a necessidade de promover ações globais e nacionais para resolver os desafios relacionados à segurança alimentar e nutricional, visando atingir as metas estabelecidas para o desenvolvimento sustentável. As discussões a partir desses dados serão fundamentais para a elaboração de estratégias eficazes na Cúpula do Futuro, em setembro deste ano, e na Conferência Internacional sobre Financiamento para o Desenvolvimento, no próximo ano.