
Upgrade de pacotes flexíveis da Hurb gera polêmica
A empresa Hurb, antes conhecida como Hotel Urbano, anunciou em setembro deste ano que passaria a oferecer um upgrade para os clientes que adquiriram pacotes de datas flexíveis. Esse modelo permitia ao consumidor escolher três opções de data para a viagem, mas recentemente se tornou alvo de críticas por relatos de calotes tanto por parte dos consumidores quanto dos hotéis parceiros.
Após a suspensão das vendas dos pacotes flexíveis, a Hurb se comprometeu a cumprir as viagens já adquiridas por seus clientes, em conformidade com a determinação da Senacon (Secretaria Nacional do Consumidor).
Clientes relatam que a empresa entrou em contato oferecendo a transição para o pacote de mês fixo, no qual o comprador pode escolher o mês exato da viagem. O upgrade para destinos nacionais tem um custo a partir de R$ 266 por pessoa, enquanto para viagens internacionais o valor é de R$ 336 por cliente.
Em resposta, a Hurb enfatizou que o upgrade é uma opção de personalização, não obrigatória, e que os consumidores podem manter a modalidade original do pacote sem problemas. A empresa esclareceu que a mudança para o pacote de mês fixo está disponível desde setembro deste ano.
Marcelo Gonçalves, produtor musical e técnico em telecomunicações, relatou que adquiriu quatro pacotes flexíveis e que a Hurb não cumpriu com o acordado, resultando em um prejuízo de cerca de R$ 10 mil. Outro cliente, o empresário Rodrigo Dias de Cillo, também teve problemas com a empresa após comprar um pacote para Porto de Galinhas.
A Senacon informou que as negociações para um TAC (termo de ajuste de conduta) com a Hurb estão avançadas, visando garantir a reparação de danos aos consumidores e restituições. A empresa planeja lançar uma plataforma ainda este ano para facilitar a negociação de valores devidos aos clientes, garantindo o ressarcimento de todos os consumidores afetados.
Diante disso, é importante que os clientes mantenham seus cadastros atualizados na plataforma da Hurb para garantir os recebimentos devidos. A situação reforça a importância da transparência e da segurança nas relações comerciais entre empresas e consumidores.