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Paralisação de ações de segurança nacional gera críticas ao governo por suspensão de compra de blindados de Israel.

O senador Marcos Rogério (PL-RO) expôs em seu pronunciamento nesta quarta-feira (9) uma grave situação envolvendo as ações de segurança nacional. Segundo o parlamentar, as medidas estão paralisadas e o Ministério da Defesa encontra-se de mãos atadas. A origem do problema foi uma declaração feita pelo ministro da Defesa, José Múcio, durante um evento na Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Na terça-feira (8), o ministro anunciou a suspensão de uma licitação para a compra de 36 blindados para a artilharia do Exército motivada pelo fato da empresa vencedora ser de Israel. A decisão ocorreu após o Tribunal de Contas da União (TCU) não permitir que a licitação fosse concedida ao segundo colocado, resultando na paralisação da concorrência. Marcos Rogério questionou a atitude do governo.

O senador destacou que a suspensão não teve como base critérios técnicos ou problemas relacionados a escândalos de corrupção, mas sim a nacionalidade da empresa vencedora. Segundo ele, a discriminação é evidente e vai contra os princípios da Lei de Licitações, que não prevê aspectos ideológicos para desclassificação.

Ao citar a situação, o parlamentar ressaltou a contrariedade dos negócios com Israel, país reconhecido por suas atividades de inteligência e desenvolvimento tecnológico. Ele comparou a postura do governo brasileiro em suspender compras de Israel enquanto mantém relações com nações com regimes ditatoriais.

Diante dessa situação, Marcos Rogério concluiu que é imprescindível colocar os interesses do Brasil em primeiro lugar, deixando de lado convicções ideológicas e interesses pessoais, em referência ao posicionamento de governos anteriores. Ele enfatizou a necessidade de priorizar a defesa nacional e não permitir que decisões políticas interfiram nesse processo.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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