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Polícia Militar do Rio indicia militares por envolvimento na morte de adolescente. Caso será investigado para averiguar responsabilidades.

A Corregedoria Geral da Secretaria de Estado de Polícia Militar indiciou nesta quinta-feira (24) quatro policiais militares do Batalhão de Choque da corporação, acusados de fraude processual e outras irregularidades praticadas durante a ação que resultou na morte de Thiago Menezes Flausino, de 13 anos, na madrugada do dia 7 deste mês, no acesso à comunidade da Cidade de Deus, zona oeste do Rio de Janeiro.

Após uma investigação que durou 17 dias, a Corregedoria concluiu que houve indícios de fraude processual, omissão de socorro e descumprimento de missão por parte dos policiais envolvidos na tentativa de abordagem que resultou na morte do adolescente. Esse procedimento interno de apuração foi realizado em paralelo às investigações da Polícia Civil e teve como base os depoimentos dos próprios policiais.

Durante a investigação, foi descoberto que os militares utilizaram um carro descaracterizado na ação que culminou na morte de Thiago. Para piorar, o veículo era de um dos policiais envolvidos. Os familiares da vítima já haviam relatado à polícia que policiais fardados, mas utilizando um carro prata descaracterizado, perseguiram Thiago, que estava na garupa de uma moto, e acertaram três tiros no garoto.

Além disso, a corregedoria também apontou indícios de que os policiais incluíram uma arma de fogo na cena do crime, com o intuito de incriminar o adolescente. Essa ação criminosa teria sido realizada para dar a ideia de que Thiago teria atirado nos policiais, justificando assim o tiroteio que resultou em sua morte.

Todo o material recolhido durante a investigação da Corregedoria já foi entregue ao Ministério Público Militar (MPM), que agora irá analisar as provas para tomar as medidas cabíveis. Enquanto isso, a Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) continua investigando o caso para determinar se o tiro que matou o menino partiu da arma dos policiais.

Diante das evidências contra os quatro policiais militares indiciados, o comando da Polícia Militar determinou imediatamente a transferência deles para outra unidade e o afastamento provisório do serviço de rua até o fim das investigações. A PM se comprometeu a cooperar com as investigações da Polícia Civil, fornecendo todas as informações e identificações necessárias para elucidar as circunstâncias da abordagem que resultou na morte de Thiago. O objetivo é garantir que os responsáveis sejam devidamente punidos pelos crimes cometidos durante essa ação policial.

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