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Rússia e Bielorrússia boicotam Paris 2024 em meio a polêmicas e sanções dos EUA: atletas sob pressão e em debate.

Com a proximidade dos Jogos Olímpicos, a polêmica envolvendo a participação de atletas da Rússia e Bielorrússia vem ganhando destaque na imprensa internacional. Segundo Sylvain Dufraisse, há uma discussão na imprensa russa sobre o temor das possíveis represálias e mobilizações midiáticas contra os competidores que optarem por competir sob bandeira neutra. Esse comportamento, segundo Dufraisse, estaria relacionado ao que os líderes russos consideram condições humilhantes impostas pelo Comitê Olímpico Internacional (COI).

Em um contexto de tensões políticas e sanções, alguns atletas russos têm preferido não participar dos Jogos Olímpicos. É o caso de Nikita Nagornyy, campeão olímpico de ginástica por equipes em Tóquio, que também ficará de fora da competição em Paris 2024 devido a sanções dos EUA relacionadas ao seu apoio ao ataque à Ucrânia. Além disso, a federação russa de judô, esporte ligado ao presidente Vladimir Putin, decidiu não enviar nenhum atleta para os jogos.

Para o COI, no entanto, é importante garantir a participação de um número considerável de atletas russos e bielorrussos, como forma de desafiar a visão de Putin de que estão sendo discriminados por motivos étnicos e de que o esporte está sendo politizado. A expectativa é de que a lista final de competidores desses países seja divulgada em 8 de julho.

Em contraponto, veículos de imprensa russos têm exaltado eventos alternativos, como os Jogos do Brics, que reuniu atletas de diversos países em Kazan. Enquanto alguns apontam as exigências do COI como vergonhosas, outros enxergam nessas competições uma forma de afirmação de identidade e independência em relação ao Ocidente.

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