PSDB perde o “cinturão tucano” na Baixada Santista

O que um dia já foi chamado de “cinturão tucano” na Baixada Santista não existe mais. Após duas eleições com amplo domínio na região, o PSDB ruiu completamente e não elegeu nenhum prefeito.

O partido também enfrentou dificuldades para eleger vereadores em 6 dos 9 municípios da região, em meio a uma pulverização de partidos que resultou em sete partidos conquistando prefeituras. Santos e Guarujá ainda terão segundo turno.

Após anos de domínio na região, iniciado em 2012, o PSDB atingiu seu pico na disputa seguinte, com vitórias em Santos, Praia Grande e Itanhaém. Em 2016, o partido emplacou prefeitos em sete das nove cidades da Baixada. E em 2020, conquistou seis vitórias.

No entanto, nesta eleição, houve uma pulverização total. Diferentes partidos venceram nas cidades da região, demonstrando a queda da influência do PSDB. O União Brasil, PSD, Republicanos, MDB e Podemos foram alguns dos partidos vitoriosos.

O prefeito de Santos, que deixou o PSDB e migrou para o Republicanos, está no segundo turno contra uma adversária do PL. Isso reflete o declínio da legenda na Baixada Santista.

O PSDB não conseguiu sequer lançar um candidato a prefeito entre os 42 concorrentes nas nove cidades da região. Além disso, o partido elegeu poucos vereadores, o que contribuiu para o cenário negativo.

No estado de São Paulo, o PSDB viu seu número de prefeituras eleitas despencar. Dos 180 governantes eleitos em 2020, agora conta com apenas 21 prefeitos. O futuro para a legenda em 2025 se mostra ainda mais desafiador.

O mau momento do PSDB em São Paulo é evidente, com a pior votação da história na capital. A derrota de Rodrigo Garcia em 2022 contribuiu para a desestruturação do partido no estado e a migração de prefeitos para outras siglas.

O PSD de Gilberto Kassab, o PL e o Republicanos foram alguns dos partidos que cresceram em número de prefeituras eleitas. O cenário político estadual passa por mudanças significativas.