Capitão do Corpo de Bombeiros viaja para Mato Grosso em missão de combate aos incêndios

O capitão Emerson Ribeiro, 36 anos, do Corpo de Bombeiros do Rio Grande do Sul, protagonizou uma jornada de solidariedade e trabalho árduo ao se deslocar, juntamente com sua equipe, por dois dias por terra para chegar a Mato Grosso e auxiliar no combate aos incêndios que assolam o estado. A atitude do capitão foi motivada pelo apoio recebido pelos bombeiros gaúchos durante as enchentes em maio deste ano.

Segundo a Ligabom (Conselho Nacional dos Corpos de Bombeiros Militares do Brasil), cerca de 6.600 profissionais estão na linha de frente na batalha contra as queimadas, representando 7,7% dos 85 mil bombeiros em todo o país. O aumento de 48% no número de ocorrências de incêndios em 2024, em comparação com o ano anterior, tem exigido esforços redobrados desses bravos combatentes.

Ribeiro lidera uma equipe de nove pessoas e quatro viaturas, sendo o terceiro grupo do Rio Grande do Sul a se deslocar para Mato Grosso. Com previsão de permanecer um mês na região, os bombeiros enfrentam desafios como calor extremo, baixa umidade e poucas horas de descanso.

A estrutura de trabalho da equipe inclui alojamento em locais com infraestrutura de água e saneamento, como fazendas, e atuação em regiões de mata densa e altitude elevada, testando a gestão e resiliência do grupo, conforme destaca Ribeiro.

Os salários dos bombeiros variam de acordo com o estado, com direito a diárias para alimentação e hospedagem em casos de atuação fora de suas regiões de origem. A articulação entre os corpos de bombeiros de diferentes estados, para lidar com situações de emergência como incêndios e enchentes, é coordenada pela Ligabom e seus órgãos competentes.

A colaboração entre os bombeiros, a mobilização de recursos e o trabalho conjunto visam garantir uma resposta eficaz diante dos desastres naturais que assolam o país com maior frequência e intensidade devido às mudanças climáticas.

A atuação incansável dos bombeiros, aliada a esforços e apoio mútuos, revela a importância do trabalho em equipe e da solidariedade em tempos de crise ambiental. Que esses heróis anônimos possam ter o reconhecimento e o apoio necessários para continuarem protegendo vidas e o meio ambiente, independentemente dos desafios que enfrentem.