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Descoberta revolucionária dos interruptores genéticos: Geneticistas premiados com o Nobel relembram momento eureca após décadas de avanços na pesquisa.

Descoberta revolucionária de interruptores genéticos

O renomado geneticista Gary Ruvkun, aos 72 anos, relembra com clareza o momento em que ele e seu amigo Victor Ambros, de 70 anos, foram agraciados com o Prêmio Nobel de Medicina por sua descoberta revolucionária dos interruptores genéticos presentes na árvore da vida. A emotiva conversa entre os dois ocorreu por telefone.

Era o início dos anos 90, quando a dupla, unida pelo interesse em minhocas, trocava informações até tarde da noite. A descoberta dos fragmentos de microRNA, moléculas genéticas reguladoras-chave no desenvolvimento de animais e plantas, oferece promessas de avanços no tratamento de diversas doenças, incluindo o câncer.

“Foi como montar um quebra-cabeça”, relatou Ruvkun em entrevista à AFP, direto de sua casa em Boston, nos EUA. “Foi um momento de eureca.”

A descoberta inicial ocorreu em nematódeos C. elegans, que ajudaram a elucidar a interação entre genes que afetam o desenvolvimento desses animais microscópicos. Eventualmente, Ruvkun e Ambros demonstraram a presença de microRNA em diversos organismos, incluindo humanos, abrindo portas para novas pesquisas e avanços na área biomédica.

Atualmente, mais de mil microRNAs foram identificados no genoma humano, sendo utilizados para estudar diferentes tipos de tumores e desenvolver tratamentos para doenças como leucemia linfocítica crônica e problemas cardíacos.

Quase três décadas após a descoberta inicial, os dois pesquisadores, mais uma vez, celebram juntos a conquista do Nobel. “Vamos comemorar bastante”, revelou Ruvkun, mostrando a satisfação de ver um trabalho árduo e inovador reconhecido mundialmente.

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