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Fake news e desinformação: os desafios nas eleições brasileiras e a tentativa de manipulação do processo eleitoral

Desinformação Eleitoral: Um Desafio nas Eleições Brasileiras

No dia das eleições, é comum observar a circulação de informações falsas relacionadas às urnas e ao processo eleitoral, com o objetivo de afetar a transparência do pleito. Além disso, fake news diretamente ligadas aos candidatos também costumam se propagar.

Na atual eleição, um dos líderes de intenção de votos em São Paulo, Pablo Marçal (PRTB), chamou atenção ao publicar um laudo falso na noite de sexta-feira (4) com o intuito de associar o candidato Guilherme Boulos (PSOL) ao uso de drogas. Essa não é uma prática isolada, já que as eleições no Brasil têm sido marcadas pela disseminação de fake news antigas, como ocorreu nas últimas disputas gerais de 2022 e municipais de 2020.

O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo aponta que, nessas datas, surgem informações falsas sobre urnas que supostamente prejudicariam o voto em determinados candidatos, assim como notícias sobre o transporte irregular das máquinas em veículos particulares. O tribunal ressalta que é comum eleitores tentarem votar em candidatos de outros estados e, consequentemente, declararem que seu candidato não aparece na urna.

Um vídeo antigo do ex-deputado federal Fernando Chiarelli (PDT-SP) voltou a circular neste ano, afirmando sem provas que o sistema eleitoral é uma fraude. No entanto, o Tribunal Superior Eleitoral sempre disponibiliza o código-fonte das urnas para auditores um ano antes das eleições, garantindo a transparência do processo.

Outra desinformação comum é a que aponta para a quebra do código-fonte das urnas, o que supostamente permitiria acesso às escolhas dos eleitores. A Justiça Eleitoral esclarece que essa informação é falsa e se refere aos logs dos equipamentos, que registram atividades de funcionamento e possíveis falhas, não estando relacionados às escolhas dos candidatos.

Durante as eleições municipais de 2020, diversos boatos questionaram a segurança das urnas e a veracidade dos resultados, de acordo com o TSE. Fake news envolvendo voto facultativo para maiores de 60 anos e a necessidade de levar caneta para a seção eleitoral também foram compartilhadas. É importante destacar que a desinformação pode influenciar significativamente o resultado eleitoral, como indicam pesquisas que mostram que a maioria dos brasileiros já teve acesso a notícias falsas relacionadas às eleições.

Para combater a desinformação, especialistas recomendam uma postura crítica em relação ao conteúdo compartilhado, o uso de fontes oficiais dos candidatos e a consulta a agências de checagem confiáveis. A disseminação de informações verdadeiras e a conscientização sobre os riscos da desinformação são fundamentais para garantir a integridade do processo eleitoral no Brasil.

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