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Fuga de Edmundo González da Venezuela para a Espanha gera controvérsias após disputa presidencial e repressão pós-eleitoral

Ex-presidente venezuelano Edmundo González foge para a Espanha após eleições controversas

Após permanecer escondido por várias semanas na Embaixada da Espanha, em Caracas, Edmundo González finalmente conseguiu sair da Venezuela com um salvo-conduto garantido pelas negociações entre os dois países. No último sábado (7), o governo venezuelano autorizou sua partida, e no domingo (8), ele foi discretamente levado ao aeroporto, onde um avião da Força Aérea Espanhola o esperava para levá-lo em segurança.

O avião utilizado para transportar González foi um Dassault Falcon F900, que fez uma escala na base aérea de Lajes, nas Ilhas Açores, antes de prosseguir viagem rumo à Espanha. O desembarque ocorreu na base militar de Torrejón de Ardoz, nos arredores de Madri, onde o ex-presidente venezuelano foi recebido pelas autoridades espanholas para iniciar o processo de solicitação formal de asilo, acompanhado de sua esposa.

A fuga de Edmundo González se deu após a polêmica eleição presidencial venezuelana de 28 de julho, na qual o governo de Maduro declarou vitória com 52% dos votos, enquanto a oposição afirmava que González era o verdadeiro vencedor. Relatórios indicam que ele teria vencido por uma ampla margem, mas o Supremo Tribunal de Justiça ratificou o resultado oficial, gerando uma onda de repressão pós-eleitoral com mais de 1.700 detidos.

Diante desse cenário de perseguição política, Edmundo González se refugiou na embaixada da Espanha antes de sua fuga, temendo uma possível prisão que poderia resultar em uma longa pena de até 30 anos de cadeia. Agora, na Espanha, ele aguarda a concessão oficial do asilo, já confirmada pelo ministro das Relações Exteriores do país.

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