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Sabatina de Gabriel Galípolo, indicado para presidir o Banco Central, é agendada para esta terça-feira, com votação no Plenário.

O indicado pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, para assumir a presidência do Banco Central do Brasil nos próximos quatro anos, Gabriel Galípolo, passará por uma sabatina nesta terça-feira (8) pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE). Se aprovado, seu nome será votado ainda na terça-feira pelo Plenário. A indicação (MSF 42/2024) de Galípolo tem como relator na CAE o líder do governo, senador Jaques Wagner (PT-BA).

Caso aprovado pelo Senado, Galípolo assumirá o cargo em janeiro de 2025, sucedendo Roberto Campos Neto, cujo mandato se encerra em 31 de dezembro. Segundo o artigo 52 da Constituição, toda indicação para a diretoria do Banco Central passa pelo crivo do Senado, com sabatina e votações na CAE e no Plenário. Ambas as votações são secretas e o nome do indicado deve ser aprovado pela maioria dos votantes.

A mensagem do Executivo com a indicação de Galípolo foi enviada ao Senado em 2 de setembro. Dois dias depois, em 4 de setembro, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, anunciou que a votação do nome de Galípolo no Plenário seria realizada em 8 de outubro.

Trajetória

Gabriel Muricca Galípolo é o atual diretor de Política Monetária do Banco Central. Ele passou por sabatina na CAE e teve sua indicação confirmada no Plenário do Senado em julho do ano passado. Natural de São Paulo (SP), possui 42 anos, é formado em economia pela PUC-SP e já atuou como professor universitário. Além disso, foi secretário-executivo do Ministério da Fazenda e presidente do Banco Fator.

Autonomia do Banco Central

O Banco Central conquistou autonomia com a Lei Complementar 179, de 2021, garantindo independência técnica, operacional, administrativa e financeira à instituição. A aprovação do presidente do BC pelo Senado é necessária, e ele pode ser exonerado em certas condições específicas.

Ainda em tramitação no Congresso, há uma proposta de emenda à Constituição que visa a dar autonomia financeira e orçamentária ao Banco Central. Por outro lado, também existe um Projeto de Lei Complementar que propõe revogar a autonomia do BC.

Como participar

O evento será interativo e os cidadãos podem enviar perguntas e comentários pelo telefone da Ouvidoria do Senado ou pelo Portal e‑Cidadania. O Senado oferece uma declaração de participação, que pode ser usada como hora de atividade complementar em cursos universitários. Além disso, o Portal e‑Cidadania recebe opiniões dos cidadãos sobre os projetos em tramitação no Senado.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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