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Ex-atleta Patricia Borges é anunciada como “campeã mundial de vôlei” por político em São Paulo, mas título é de torneio amador.

Anunciada como campeã mundial de vôlei, Patricia Borges ganhou torneio para atletas aposentados

No mundo da política, é comum que candidatos busquem evidenciar feitos e conquistas para se destacarem perante o eleitorado. Um exemplo recente disso foi a ex-atleta Patricia Borges, anunciada por Pablo Marçal (PRTB) como “campeã mundial de vôlei” e possivelmente futura secretária de Esporte em caso de vitória na eleição para a Prefeitura de São Paulo. No entanto, ao investigar mais a fundo, descobriu-se que o título de campeã mundial refere-se a um torneio pouco conhecido chamado “Global Cup – World Senior Volleyball Championship”, direcionado para atletas aposentados e amadores.

A disputa na qual Patricia sagrou-se vencedora ocorreu em 2017, na cidade de Águas de São Pedro (SP), representando a equipe Flumaster, voltada para veteranos do Fluminense, na categoria 40+. No torneio estavam presentes times do Paraguai, Peru e Canadá.

O Painel tentou contatar Patricia e a equipe de campanha de Marçal para esclarecimentos, porém não obteve resposta até o momento.

Além de sua participação na política, atualmente Patricia é candidata a vereadora em São José dos Campos pelo partido União Brasil. Antes disso, ela ocupou o cargo de presidente do PL Mulher na cidade e foi assessora do gabinete da deputada estadual bolsonarista Dani Alonso. A ex-atleta foi apresentada como campeã mundial de vôlei por Marçal durante uma coletiva de imprensa nesta terça-feira (1º), título esse que ela mesma utiliza há anos em suas redes sociais e material de campanha.

Em sua carreira esportiva, Patricia foi vice-campeã mundial na categoria infanto-juvenil pela seleção brasileira e participou de sete edições da Superliga por diversos times, alcançando o vice-campeonato em uma delas. Encerrou sua carreira profissional aos 25 anos, em 1999.

Além de Patricia, Marçal também anunciou que Selene Peres Nunes seria secretária de Gestão em seu governo, caso seja eleito. Essas nomeações surgiram um dia após Marçal declarar, durante um debate, que “mulher não vota em mulher, porque é inteligente”, afirmação que gerou polêmica e foi posteriormente justificada como retirada de contexto pelo candidato.

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