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Seca histórica no Solimões deixa vilarejos à margem do rio sem comida, água e transporte, em situação crítica.

Desastre ambiental: Rio Solimões atinge nível mais baixo em pior seca já registrada na Amazônia

No dia 30 de agosto, o Solimões, um dos principais afluentes do rio Amazonas no Brasil, alcançou o seu nível mais baixo, resultando na pior seca já documentada na região amazônica. Vilarejos ao longo das margens do rio estão enfrentando sérias dificuldades, sem acesso a comida, água e transporte.

Em Manacapuru, localizada a aproximadamente 100 km acima de Manaus, a profundidade do Solimões atingiu apenas 3 metros, conforme relatado pela Defesa Civil. Esse valor é 11 cm inferior ao recorde anterior, registrado em 25 de outubro do ano passado. Com quase um mês restante até o início da temporada de chuvas, prevê-se que o nível do Solimões, que tem sua origem nos Andes do Peru, diminua ainda mais nas próximas semanas, intensificando a crise para as comunidades ribeirinhas.

A situação deixou os vilarejos isolados, sem opções de transporte devido à água rasa, e sem suprimentos de alimentos e água potável. O leito exposto do rio Solimões se transformou em um extenso banco de areia, forçando os moradores a atravessá-lo a pé por longas distâncias sob condições climáticas extremas.

Alguns barcos ficaram encalhados nas margens dos rios, enquanto outros ficaram presos nas dunas de areia que antes eram navegáveis. A pesca, essencial para a alimentação das comunidades ribeirinhas e indígenas, foi fortemente impactada, com a escassez de peixes devido às águas rasas e quentes.

Os ambientalistas alertam que as mudanças climáticas e o aquecimento global são responsáveis pelo desastre, ressaltando que além da seca, incêndios florestais sem precedentes estão devastando a vegetação da Amazônia.

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