Naufrágio em São Vicente deixa duas mulheres desaparecidas

No último domingo (29), um naufrágio no trecho conhecido como Garganta do Diabo, em São Vicente, na Baixada Santista, deixou cinco pessoas feridas e duas mulheres desaparecidas. Até esta terça-feira (1º), as buscas continuam sem sucesso.

A sobrevivente Camila Alves Carvalho, de 20 anos, relatou que o acidente ocorreu após a chegada de uma onda forte. Em uma publicação no Instagram, ela descreveu o momento em que o grupo se jogou nas pedras para tentar sobreviver, destacando que ninguém estava usando colete salva-vidas.

As buscas pelas desaparecidas, Beatriz Tavares da Silva Faria, 26, e Aline Tamara Moreira de Amorim, 37, estão sendo coordenadas pelo GBMar (Grupamento de Bombeiros Marítimo), com o apoio da Marinha do Brasil e do Helicóptero Águia da Polícia Militar.

Segundo relatos, o grupo tinha acabado de sair de uma lancha, onde participavam de uma festa, e estava retornando à área continental quando foram surpreendidos por uma onda forte que virou o barco.

Apesar das dificuldades nas buscas, o 1º tenente e oficial do GBMar, Guilherme Peixoto, afirmou que ainda há esperança de encontrar as desaparecidas com vida. A região onde ocorreu o naufrágio é conhecida por suas correntezas fortes e não é considerada uma área simples de navegação.

Além das duas mulheres desaparecidas, outras cinco pessoas foram resgatadas e socorridas. A Capitania dos Portos de São Paulo informou que um Inquérito Administrativo sobre Acidentes e Fatos de Navegação foi instaurado para investigar as causas e responsabilidades do acidente.

Área é conhecida por ondas e correntes intensas

A Garganta do Diabo, local onde ocorreu o naufrágio, é conhecida por suas ondas e correntes intensas. O local fica entre Ilha Porchat e o Parque Estadual Xixová-Japuí, e recebe esse nome por seu formato e características peculiares.

Outro incidente envolvendo um estudante de 21 anos desaparecido na praia da Riviera de São Lourenço, em Bertioga, também está sendo investigado, com esforços de resgate por parte de empresas privadas de salva-vidas.