Vítimas de enchentes tentam se reerguer no Rio Grande do Sul
Em meio aos estragos causados pelas enchentes no Rio Grande do Sul, histórias de superação e esperança emergem entre os moradores atingidos. Em Roca Sales, Valquíria Regina Bazanella e seu marido Alexandre Luiz Botassoli enfrentam as consequências de serem inundados duas vezes em menos de um ano.
A segunda inundação, em maio de 2024, trouxe de volta o pesadelo da perda de tudo o que haviam reconstruído após a enchente de setembro de 2023. A força das águas fez com que a casa do casal virasse rota de escape do rio Taquari, levando consigo a moradia da irmã de Valquíria.
Apesar das dificuldades e do medo constante de uma nova enchente, Valquíria e Alexandre decidiram retornar à casa danificada, aguardando por iniciativas do poder público que ainda não se concretizaram. “A gente não desiste. Vamos para onde? Minha colega falou ‘compra em outro lugar’, eu falei ‘com folha de laranjeira?'”, declara Valquíria, demonstrando resiliência diante da tragédia.
Em São Leopoldo, o aposentado Antônio Wisniewski também luta para se recuperar dos estragos, tanto materiais quanto psicológicos, causados pela enchente que manteve sua casa submersa por 25 dias. Apesar dos desafios, Wisniewski e sua família receberam o Auxílio Reconstrução do governo federal e conseguiram realizar algumas reformas na residência.
Já em Cruzeiro do Sul, a aposentada Leonise Teresinha de Oliveira anseia por retornar à casa destruída pela enchente, destacando que “o meu lugar é aqui”. Com a determinação de reconstruir, Leonise e seu companheiro Aldo Neves planejam erguer um segundo piso para proteger seus pertences em caso de novas enchentes.
Apesar dos desafios e das perdas, essas histórias de força e perseverança demonstram a resiliência do povo gaúcho diante das adversidades naturais.
