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Barracas substituem salas de aula em Gaza após ataque de Israel que destruiu 90% das escolas, deixando crianças sem educação

Situação preocupante em Gaza: crianças sem acesso à educação

O filho de Umm Zaki, Moataz, de 15 anos, deveria ter começado a cursar a décima série. Em vez disso, ele acordou em sua barraca em Deir al-Balah, no centro de Gaza, e foi enviado para buscar um recipiente de água a mais de um quilômetro de distância.

“Normalmente, esse dia seria um dia de comemoração, vendo as crianças com o novo uniforme, indo para a escola e sonhando em se tornar médicos e engenheiros. Hoje, tudo o que esperamos é que a guerra termine antes que percamos algum deles”, disse a mãe de cinco filhos à Reuters por mensagem de texto.

O Ministério da Educação palestino afirmou que todas as escolas de Gaza estavam fechadas e que 90% delas foram destruídas ou danificadas no ataque de Israel ao território, iniciado depois que homens armados do Hamas atacaram cidades israelenses em outubro do ano passado.

A agência de ajuda palestina da ONU, UNRWA, que administra cerca de metade das escolas de Gaza, transformou o maior número possível de escolas em abrigos de emergência, abrigando milhares de famílias desalojadas.

“Quanto mais tempo as crianças ficarem fora da escola, mais difícil será para elas recuperar o aprendizado perdido e mais propensas estarão a se tornar uma geração perdida, caindo na exploração, incluindo casamento infantil, trabalho infantil e recrutamento para grupos armados”, disse à Reuters a diretora de comunicações da UNRWA, Juliette Touma.

Além dos 625.000 habitantes de Gaza já matriculados na escola, outros 58.000 alunos de seis anos de idade deveriam ter se matriculado para iniciar a primeira série este ano, informou o Ministério da Educação.

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