Previsões econômicas para 2024 se mantêm estáveis, revela Boletim Focus do Banco Central em análise semanal.

Para os próximos anos, as projeções apontam para um crescimento do PIB de 1,92% em 2025 e de 2% em 2026 e 2027. Em 2023, a economia brasileira cresceu 2,9%, ultrapassando as expectativas. Para o câmbio, a previsão é que o dólar encerre 2024 valendo R$ 5,40 e, em 2025, esse valor caia para R$ 5,35.
No que diz respeito à inflação, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve fechar o ano em 4,37%, acima da meta estabelecida, porém dentro da margem de tolerância. Para os anos seguintes, as estimativas são de 3,97% em 2025, 3,6% em 2026 e 3,5% em 2027. O sistema de meta contínua, a ser implementado a partir de 2025, não exigirá definição anual de meta de inflação, fixando o centro em 3% com margem de 1,5 ponto percentual.
O Banco Central, visando atingir as metas de inflação, utilizou a taxa básica de juros, Selic, que foi elevada para 10,75% ao ano na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). Esta foi a primeira alta em mais de dois anos, motivada pela incerteza inflacionária e pela valorização do dólar. Para 2024, a previsão é que a Selic termine o ano em 11,75% ao ano, com projeções de redução para os anos seguintes.
A política de juros do Banco Central impacta diretamente na economia, refletindo nos preços, no crédito e na atividade produtiva. A redução da Selic estimula o consumo e a produção, enquanto sua elevação busca controlar a demanda aquecida e conter a inflação. A próxima reunião do Copom está marcada para novembro, quando analistas esperam um novo aumento na taxa básica.