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Ministra Cármen Lúcia defende participação feminina na política e critica postura de Elon Musk no Brasil
A ministra do STF (Supremo Tribunal Federal) e presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Cármen Lúcia, não hesitou em rebater uma declaração polêmica feita pelo candidato Pablo Marçal (PRTB) durante o debate entre os candidatos à prefeitura de São Paulo, realizado por Folha e UOL. Marçal afirmou que “mulher não vota em mulher”, o que gerou indignação na ministra.
Em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, Cármen Lúcia ressaltou a importância da participação feminina na política como um avanço civilizatório. Ela destacou que no Brasil, onde 52% da população e do eleitorado são mulheres, afirmar que uma mulher não vota em outra é contrariar dados factuais e desrespeitar o papel das mulheres na sociedade.
Além disso, a ministra também criticou a postura do CEO do Tesla, Elon Musk, em relação ao bloqueio do Twitter no Brasil. Ela argumentou que a medida foi necessária para fazer cumprir a legislação brasileira e reforçar a soberania do país. Cármen Lúcia enfatizou que o Brasil não pode ser tratado como um “quintal” por empresas estrangeiras e que todas as organizações devem obedecer às leis locais.
Ao fazer parte da Primeira Turma do Supremo, Cármen Lúcia apoiou de forma unânime a manutenção da suspensão do Twitter no Brasil, conforme determinação do ministro Alexandre de Moraes. Ela salientou que não se tratou de banir a empresa do país, mas sim de garantir que todos, sejam pessoas físicas ou jurídicas, respeitem os direitos e cumpram a legislação vigente.
O Twitter está bloqueado no Brasil há um mês, após Elon Musk não cumprir a determinação de Moraes para indicar um representante legal no país dentro de 24 horas. A ministra Cármen Lúcia defendeu a decisão e reiterou a necessidade de respeitar as leis nacionais para manter a soberania do Brasil.