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Talibã impõe ‘apartheid de gênero’ no Afeganistão, privando mulheres de direitos fundamentais, alerta relatório da ONU




Informe revela graves violações de direitos das mulheres pelo Talibã no Afeganistão

Informe revela graves violações de direitos das mulheres pelo Talibã no Afeganistão

Um recente informe chocante expôs as terríveis violações de direitos humanos cometidas pelo Talibã no Afeganistão, especialmente contra mulheres e meninas. De acordo com o documento, o grupo extremista estabeleceu um “sistema de discriminação, segregação, desrespeito à dignidade humana e exclusão generalizado” através de decretos, políticas e execuções que resultaram em graves privações de direitos fundamentais.

A chamada “arquitetura de opressão” foi construída com base em 52 decretos que impuseram severas restrições às mulheres afegãs, resultando na exclusão de milhares delas do sistema educacional e as expondo a maiores riscos de casamento forçado e servidão por dívida. O Afeganistão viu suas futuras engenheiras, jornalistas, advogadas, biólogas, políticas e poetisas sendo privadas de oportunidades devido a essas medidas restritivas.

O Relator Especial sobre a situação dos direitos humanos no Afeganistão, Richard Bennett, alertou a comunidade internacional durante um encontro no Conselho de Direitos Humanos da ONU em junho sobre a necessidade de não normalizar ou legitimar as autoridades afegãs enquanto as mulheres não tiverem seus direitos garantidos. Ele descreveu a atual situação do país como um “apartheid de gênero”.

O Representante Permanente do Afeganistão junto ao Escritório das Nações Unidas em Genebra, Nasir Ahmad Andisha, também denunciou a crise institucionalizada de direitos humanos enfrentada pelo país sob o domínio do Talibã, classificando-a como uma das mais sérias do mundo.

Vozes de mulheres afegãs também foram ouvidas no informe. Laila, uma jovem do interior do país, compartilhou sua tristeza por ter sido impedida de continuar seus estudos devido às restrições impostas. A ativista Benafsha Yaqoobi confirmou que um verdadeiro “apartheid de gênero” vem se consolidando no Afeganistão.


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