A Embaixada do Irã em Brasília está organizando uma cerimônia em homenagem ao sacerdote xiita, Hassan Nasrallah, líder do Hezbollah, que foi morto em um ataque aéreo de Israel na sexta-feira (27).
Em um comunicado transmitido a alguns convidados, a representação diplomática afirmou que Nasrallah é considerado um “mártir” e um “grande defensor do povo palestino”.
O convite enviado pela Embaixada da República Islâmica do Irã no Brasil expressa condolências pela morte de Nasrallah, descrevendo-o como um grande comandante na defesa do povo oprimido da Palestina, dos amantes da liberdade e da justiça no mundo.
O evento está agendado para a próxima quinta-feira (3), na sede da embaixada iraniana, onde autoridades e convidados se reunirão para prestar homenagens e relembrar a importância de Nasrallah na cena política do Oriente Médio.
A trajetória de 32 anos de Nasrallah no comando do Hezbollah transformou a milícia libanesa em uma força política influente dentro do Líbano e representou uma ameaça militar considerável a Israel, um dos países com as Forças Armadas mais sofisticadas do mundo.
O sacerdote conquistou fama na região árabe quando expandiu a influência do Hezbollah para além do Líbano em 2006, ao enfrentar tropas israelenses e capturar dois soldados, resultando em um confronto de 34 dias, celebrado como uma vitória pelo grupo libanês.
Apesar da proximidade com o Irã, Nasrallah não compartilhava de todas as visões restritivas do islamismo professadas por Teerã, como a obrigatoriedade do véu islâmico para mulheres.
O Hezbollah, apoiado pelo Irã, afirma contar com cerca de 100 mil combatentes, enquanto Israel possui um contingente de aproximadamente 170 mil militares ativos e 450 mil na reserva, evidenciando a complexidade da região e das relações de poder.
com BIANKA VIEIRA, KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH
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