Dívida Pública Federal cai para abaixo de R$ 7,1 trilhões devido a alto volume de vencimentos de títulos vinculados à inflação
Inicialmente programado para ser divulgado na quinta-feira (26), o relatório foi adiado devido à greve dos servidores do Tesouro Nacional e só foi disponibilizado na noite desta segunda-feira. A DPF continua dentro das projeções estabelecidas, de acordo com o Plano Anual de Financiamento (PAF) que prevê um encerramento entre R$ 7 trilhões e R$ 7,4 trilhões em 2024.
A Dívida Pública Mobiliária interna (DPMFi) também apresentou uma queda, de 1,55%, passando de R$ 6,822 trilhões para R$ 6,716 trilhões em agosto. O Tesouro resgatou mais títulos do que emitiu no período, especialmente papéis corrigidos pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). A apropriação de juros contribuiu para manter o patamar da dívida pública.
A composição dos títulos também registrou mudanças, com uma alta na proporção dos papéis corrigidos pela Taxa Selic, que passou de 44,95% em julho para 46,85% em agosto. A proporção de títulos prefixados também teve um aumento, enquanto a fatia de títulos corrigidos pela inflação na DPF apresentou uma queda significativa.
No mercado externo, a Dívida Pública Federal externa (DPFe) teve um acréscimo de 0,48%, impulsionada pela correção de juros em meio a um cenário de leve recuo do dólar no mês passado. A divulgação parcial dos dados, em função da greve no Tesouro Nacional, impossibilitou a publicação das informações sobre o colchão da dívida pública e a distribuição dos detentores da DPF em agosto.
O prazo médio da DPF aumentou para 4,11 anos, refletindo uma confiança dos investidores na capacidade do governo de honrar os compromissos financeiros. A divulgação dos dados da DPF fornece insights importantes sobre a situação econômica do país e as estratégias adotadas pelo governo para gerir a dívida pública.