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Debate de candidatos à Prefeitura de São Paulo
No debate promovido pela Folha/UOL, os candidatos à Prefeitura de São Paulo mostraram suas estratégias para a última semana de campanha eleitoral. O formato aberto do programa permitiu que os participantes explorassem as fraquezas dos adversários e defendessem seus próprios pontos de vista.
Guilherme Boulos (PSOL) e Pablo Marçal (PRTB) foram beneficiados pelo controle do tempo e liberdade de discussão. Eles souberam usar essas ferramentas para desgastar Ricardo Nunes (MDB), que se viu obrigado a adotar uma postura mais defensiva.
Boulos destacou sua oposição ao atual prefeito e buscou associar seus adversários ao bolsonarismo, visando ampliar a rejeição a eles. Já Marçal oscilou entre abraçar e se afastar do bolsonarismo durante o debate.
Nunes focou em defender sua administração e enfrentar as críticas dos concorrentes. Marçal aproveitou para questionar o prefeito sobre investigações de corrupção e um boletim de ocorrência por agressão registrado por sua esposa, o que o deixou em uma posição desconfortável.
Boulos não permitiu que Marçal se destacasse como o principal adversário de Nunes, reforçando suas críticas ao longo da campanha e frisando sua postura de resistência ao bolsonarismo. Já Tabata Amaral (PSB) aproveitou a discussão sobre religião para se apresentar como uma candidata equilibrada e atrair o eleitorado feminino.
O debate foi marcado por confrontos, estratégias políticas e tentativas de desgaste entre os candidatos. A reta final da campanha promete ser acirrada e decisiva para a escolha do novo prefeito de São Paulo.