
Política: Boulos usa metáfora de Lula para rebater crítica de adversário
No decorrer do debate político entre os candidatos à prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos, do PSOL, fez uso de uma metáfora histórica para rebater uma crítica de seu adversário Ricardo Nunes, do MDB. A referência remonta a um episódio envolvendo Luiz Inácio Lula da Silva, há 30 anos, quando este foi comparado de forma pejorativa por Orestes Quércia, também do MDB.
Na ocasião, Quércia declarou que Lula nunca havia dirigido “nem um carrinho de pipoca”, insinuando falta de capacidade administrativa. Lula, por sua vez, rebateu com uma resposta contundente: “É verdade, mas também nunca roubei a pipoca”. Essa declaração se tornou icônica na história política brasileira.
Agora, coube a Guilherme Boulos trazer essa metáfora de volta à tona durante o debate realizado pela Folha/UOL. Ao responder a crítica de Nunes, que questionava sua capacidade de administrar até um carrinho de cachorro-quente, Boulos ressaltou a questão da honestidade e da transparência na gestão pública. “Eu fico imaginando um carrinho de cachorro-quente gerido por você [Nunes], o cachorro-quente iria custar uns R$ 300, porque a salsicha seria superfaturada como as obras emergenciais”, alfinetou o candidato do PSOL.
Essa troca de farpas evidencia a polarização e o embate ideológico que marcam o cenário político atual, trazendo à tona não apenas questões de capacidade administrativa, mas também de ética e transparência. A utilização de metáforas históricas como ferramenta de comunicação política demonstra a importância do discurso e da retórica na construção de narrativas eleitorais.