Aumento da Selic e conflitos no Oriente Médio freiam queda do Índice de Incerteza Econômica em setembro, aponta FGV

Esse índice é uma medida que reflete a incerteza econômica do país, levando em consideração dois componentes principais: a mídia e as expectativas. O componente da mídia analisa as menções sobre incerteza em jornais e sites de notícias, enquanto o componente de expectativas considera as previsões de analistas econômicos em relação à taxa de câmbio, juros e inflação.
No mês de setembro, o fator da mídia apresentou uma leve queda de 0,1 ponto, enquanto o fator de expectativas subiu 0,1 ponto. Esses dados mostram um cenário de incerteza moderada na economia brasileira, de acordo com a economista da FGV, Anna Carolina Gouveia.
A análise dos dados revelou que houve uma queda no indicador na primeira metade do mês, impulsionada pelos resultados positivos da atividade econômica. No entanto, na segunda quinzena, o índice voltou a subir devido às discussões sobre a política monetária para os próximos meses e ao agravamento do conflito no Oriente Médio.
Em relação ao Oriente Médio, destacaram-se as ofensivas israelenses no Líbano, com o grupo político muçulmano Hezbollah como alvo. Esses eventos contribuíram para aumentar a incerteza no cenário econômico global, impactando também o Brasil.
Por fim, é importante ressaltar que o aumento da taxa básica de juros pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central pode influenciar a incerteza econômica no país nos próximos meses. A expectativa é que os debates em torno da taxa de juros e os conflitos internacionais continuem a ser fatores relevantes para a evolução do Índice de Incerteza Econômica nos próximos meses.