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Promotoria revela: Corrupção de Adams com governo turco começou há anos, prefeito tentou esconder ilegalidades e financiou campanha com doadores falsos.

Corrupção começou há anos, diz Promotoria. A relação de Adams com o governo da Turquia e empresários do país teria começado em 2015, quando ele ainda representava o distrito do Brooklyn. Naquele ano, ele visitou a Turquia duas vezes, sendo uma das viagens organizada por um funcionário do governo. Desde então, ele viajou pelo menos outras quatro vezes ao país, uma delas para encontrar Erdogan. Em um evento de 2023, Adams disse que “Nova York é a Istambul das Américas”.

Após viagens, prefeito tentou esconder ilegalidades. Ele teria omitido as declarações sobre gastos nas viagens, instruindo sua equipe a criar uma “criação de falsos registros” de que teria pago passagens e hospedagem na Turquia, quando recebeu tudo gratuitamente. Além disso, teria deletado mensagens incriminatórias e pedido a seus assessores que fizessem o mesmo.

Democrata financiou campanha por meio de “doadores falsos”. Segundo a Promotoria, os maiores doadores da campanha de Adams à Prefeitura de Nova York eram empresários turcos, que teriam influência em seu governo, e outros homens de negócio americanos. As doações de campanha seriam feitas por terceiros, que repassavam os fundos com doações online, cheques e mesmo dinheiro vivo.

Para incrementar a campanha, ainda teria desviado fundos públicos. Adams teria fraudado o programa de financiamento de campanha da cidade de Nova York e desviado US$ 10 milhões de dólares (cerca de R$ 54 milhões) para a própria campanha em 2021.

À Justiça, Adams disse ser inocente. Na última sexta-feira (27), o prefeito de Nova York se declarou inocente perante ao Tribunal do Sul de Manhattan e saiu sem fazer comentários, apenas acenando a imprensa presente no local. Em um vídeo publicado na quinta-feira (26), afirmou que as acusações eram “totalmente falsas, baseadas em mentiras”, e que não pretende renunciar ao cargo de prefeito enquanto é investigado.

Adams se elegeu prometendo reduzir crime na cidade. Antigo chefe de polícia da cidade de Nova York, Adams criticava o perfilamento racial realizado pelos oficiais da cidade, sobre o qual ele também foi submetido. Durante sua campanha, promoveu a ideia de reforma na polícia e afirmou que a saúde pública e a economia da cidade eram suas prioridades. Entretanto, uma reportagem do The New York Times indicou que a segurança piorou na cidade depois que o atual prefeito assumiu.

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