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Coaches estrangeiros e brasileiro viram réus por promover curso de pegação em SP com mulheres, inclusive menores, em mansão no Morumbi

Escândalo de curso de pegação em São Paulo

Recentemente, dois coaches estrangeiros e um brasileiro se tornaram réus em um caso polêmico envolvendo a promoção de um curso de pegação em São Paulo. Segundo acusações, mulheres, algumas menores de 18 anos, foram chamadas para que os alunos colocassem em prática as técnicas ensinadas, em fevereiro de 2023.

A decisão da Justiça Federal, que acatou o pedido do Ministério Público após a investigação da Polícia Civil paulista, foi divulgada na última semana, gerando grande repercussão na sociedade.

Os acusados, que negam as irregularidades, enfrentam acusações de aliciamento e exploração sexual de menores, além de indução à prostituição. A Promotoria argumentou que os suspeitos lucraram com a exploração sexual de mulheres brasileiras, prática conhecida como turismo sexual.

O único brasileiro envolvido, Fabrício Marcelo Silva de Castro Junior, teve seu passaporte apreendido para evitar uma possível fuga durante o processo. A ação da 4ª Vara Criminal Federal de São Paulo foi justificada pelo temor de que ele pudesse contar com a ajuda de estrangeiros para se manter foragido.

Os outros acusados são o chinês Ziqiang Ke, conhecido como Mike PickupAlpha, e o americano Mark Thomas Firestone, identificado como David Bond. Eles lideravam o grupo Millionaire Social Circle, que oferecia cursos para homens sobre conquista. A organização era conhecida por promover turismo voltado à pegação em países em desenvolvimento.

Em fevereiro, a dupla organizou uma festa em São Paulo para que os alunos pudessem aplicar o conteúdo das aulas. Mulheres que estavam presentes na festa relataram à polícia que não tinham conhecimento do curso e foram filmadas e fotografadas sem consentimento.

GRUPO MUDOU DE NOME E APAGOU VÍDEOS

Com o avanço das investigações, o Millionaire Social Circle interrompeu a produção de vídeos e apagou seu conteúdo online. No entanto, uma nova página chamada Self Investment Socialites surgiu, mantendo a proposta de networking com homens de sucesso.

Da mesma forma, os estrangeiros responsáveis pelo grupo negaram as acusações, afirmando que estavam em São Paulo para uma “conferência de namoro”. Contudo, a polêmica envolvendo o caso gerou grande repercussão e debates nas redes sociais.

OUTRO LADO

Em nota, a defesa de Fabrício Castro Junior contestou a apreensão do passaporte, alegando que o acusado colaborou em toda a investigação. Já os estrangeiros, em uma live gravada, afirmaram ser vítimas de acusações falsas e criticaram as mulheres que revelaram o caso, gerando ainda mais controvérsia.

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