
Estratégia polêmica de candidato gera repercussão nas redes sociais
Na última semana, o candidato Pablo Marçal (PRTB) chamou a atenção ao revelar sua polêmica estratégia para se tornar conhecido: criar controvérsias e destruições, como forma de atingir “níveis estratosféricos de inconsciente coletivo”. Durante uma entrevista ao canal Primo Rico, ele explicou sua abordagem surpreendente.
A tática adotada por Marçal ficou evidente durante um debate no Flow Podcast, no qual ele foi expulso por desrespeitar as regras e entrar em conflito com o adversário Ricardo Nunes (MDB). Nos bastidores, um membro de sua equipe agrediu o marqueteiro de Nunes, gerando ainda mais tensão.
O candidato tem baseado sua estratégia em uma teoria conhecida como “economia da atenção”, que considera o tempo dos usuários nas redes sociais como uma mercadoria valiosa disputada por monetização. Essa abordagem tem raízes na década de 1970 e foi elaborada pelo renomado psicólogo e economista Herbert A. Simon, vencedor do Nobel de Economia em 1978.
Com a explosão de estímulos nas plataformas digitais, Marçal acredita que acessar emoções intensas, como raiva e indignação, é fundamental para prender a atenção dos usuários e estimular o engajamento. Esse tipo de conteúdo, muitas vezes baseado em confrontos e polarizações, tem gerado resultados expressivos para o candidato.
Segundo especialistas, a estratégia de Marçal potencializa emoções que já estão presentes nas redes sociais, contribuindo para a polarização e o aumento de desinformação. A busca por regulações mais transparentes e responsabilização das plataformas é defendida como forma de minimizar esses impactos negativos na democracia.