Mortais de Atul Gawande: Reflexões sobre a Medicina e a Fragilidade da Vida na Busca pela Dignidade no Fim
Reflexões sobre a obra “Mortais” de Atul Gawande
Recentemente, fui recomendado por uma colega a ler o livro “Mortais: nós, a medicina e o que realmente importa no final”, escrito por Atul Gawande. Publicado em 2015 pela Editora Objetiva, a obra desafia nossas concepções sobre a vida, a morte e a medicina moderna.
O autor, renomado cirurgião e jornalista, nos convida a refletir sobre questões profundas que cercam o envelhecimento, a morte e a fragilidade humana. Em seus capítulos, Gawande compartilha experiências pessoais e profissionais, expondo dilemas éticos e morais presentes na prática médica contemporânea.
Nascido no Brooklyn em 1965, Atul Gawande é uma figura respeitada no meio médico, atuando como cirurgião e professor em instituições renomadas. Além de “Mortais”, ele possui outras publicações de destaque que abordam temas relevantes para a saúde pública e a ética médica.
No livro, Gawande questiona a obsessão da medicina em prolongar a vida a todo custo, muitas vezes ignorando a qualidade de vida dos pacientes em estágios terminais. Ele destaca a importância do cuidado paliativo e de conversas honestas sobre a morte, ressaltando a necessidade de respeitar os desejos e a autonomia dos pacientes.
Um dos pontos críticos abordados por Gawande é a forma como a sociedade contemporânea lida com a dependência e a fragilidade. O autor nos convida a repensar conceitos de independência e a valorizar a dignidade e o conforto dos indivíduos em seus momentos finais.
Ao longo dos capítulos, Gawande expõe modelos alternativos de assistência, como lares de idosos que priorizam a autonomia e a qualidade de vida dos residentes. Ele destaca a importância de uma abordagem humanizada no cuidado aos pacientes, visando proporcionar dignidade e respeito em meio à vulnerabilidade e à finitude.
“Mortais” é, portanto, uma obra essencial para profissionais da saúde e para o público em geral, convidando-nos a refletir sobre o que realmente importa no final da vida. Através das palavras de Atul Gawande, somos levados a questionar nossas próprias concepções sobre a mortalidade e a encontrar um novo olhar sobre a vida e a morte.
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