
No dia de hoje, foi revelado que a empresa responsável pela tragédia em Mariana estimou uma “perda máxima previsível” total de 1,25 bilhão de libras. A responsabilidade por custear metade desse valor seria da BHP, por ser acionista de 50% da joint venture.
O relatório divulgado expôs que o perfil de risco das barragens de rejeitos na Samarco é o mais crítico entre as unidades de mineração de tamanho comparável conhecidas pelo relator. O documento ressaltou que o perfil de risco ultrapassava os limites estabelecidos pelos padrões do setor.
Durante a sessão, o ex-executivo da BHP Christopher Campbell admitiu que não tinha conhecimento da existência do relatório na época da tragédia. Ele afirmou que, se tivesse tido acesso ao documento a tempo, teria levado para ser analisado tanto na Samarco quanto na BHP.
Apesar das declarações de Campbell, a BHP nega ser responsável pela tragédia da barragem e alega que a Samarco é a única culpada pelo rompimento. O colapso resultou na liberação de 44,5 milhões de metros cúbicos de resíduos tóxicos e lama no rio Doce, ocasionando a morte de 19 pessoas.