Mulheres ganham 27% a menos que homens no Rio de Janeiro, revela pesquisa do 2º Relatório de Transparência Salarial.
Desigualdade Salarial no Rio de Janeiro
O Rio de Janeiro está enfrentando um problema de desigualdade salarial entre homens e mulheres, de acordo com o 2º Relatório de Transparência Salarial. As mulheres ganham em média 27,25% a menos do que os homens no estado. Enquanto a remuneração média dos homens é de R$ 5.568,75, as mulheres recebem em média apenas R$ 4.051,19.
A Lei de Igualdade Salarial é clara ao determinar a equiparação de salários entre mulheres e homens em situações em que desempenham funções equivalentes. No entanto, a diferença de remuneração varia de acordo com o cargo ocupacional. Cargos de dirigentes e gerentes, por exemplo, apresentam uma diferença de 29% na remuneração entre homens e mulheres.
O relatório foi elaborado com base nas respostas de 4.254 empresas fluminenses, totalizando 1,56 milhão de empregados. A primeira edição do relatório indicou que as mulheres ganhavam 24% a menos que os homens, reduzindo essa diferença para 27,25% na edição mais recente.
Além disso, o relatório também aponta a diferença de remuneração entre mulheres negras e não negras. Mesmo representando a maioria das funcionárias nas empresas analisadas, as mulheres negras recebem em média 39,36% a menos do que as não negras. No caso dos homens, a diferença é de 37,53%.
Em relação às políticas adotadas pelas empresas para promover a igualdade de gênero, o relatório mostra que ainda há um longo caminho a percorrer. Apenas uma parte das empresas possui planos de cargos e salários e políticas de incentivo à contratação e ascensão de mulheres. O incentivo à contratação de mulheres LGBTQIAP+ é citado em apenas 25,2% dos estabelecimentos.
A desigualdade salarial no Rio de Janeiro é um problema que precisa de atenção e ação por parte das empresas e autoridades competentes. A equiparação de salários e oportunidades para homens e mulheres é essencial para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.